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Sobre respeitar o espaço alheio

18/12/2014 - Taíla Quadros
#amor
O meu espaço é meu. Pode me chamar de egoísta, mas é assim mesmo. Não é todo mundo que possui permissão para entrar no meu coração e muito menos ainda em meu próprio espaço. Se você quiser fazer parte de mim, terá que ultrapassar muitas barreiras daquelas invisíveis, mas que para muitas pessoas são altíssimas, beirando o intransponível. Os portões da minha vida, a verdadeira e não a que deixo à mostra todos os dias e que anda solta por aí, a minha verdadeira vida, não é lugar de simples passada e passeio. Quem aqui chegar e quiser ficar, tendo a minha permissão, pode se considerar um verdadeiro sortudo, se isso o desejar, é claro.
Invadir o meu espaço, ultrapassar a linha pré-estabelecida em nosso primeiro contato, é uma afronta. Me causa repulsa e vontade de ir cada vez para mais longe de você. Gosto de sentir perto de mim, apenas os sussurros e suspiros dos que foram permitidos entrar em meu espaço. Não é necessário que você fique me observando dia e noite, para que possa ocupar o seu espaço comigo. É necessário apenas que você respeite o óbvio e deixe-me livre, sem a pressão de seu olhar constante e sem as suas constantes interrupções vou me sentir muito mais à vontade para me aproximar de você. Inclusive, vou querer compartilhar o meu espaço com o seu.
A proximidade física imposta e a presença vexatória e pertinente não são os ingredientes ideais para iniciar qualquer tipo de contato bem sucedido. Mostre que você existe, pode dar uma passada na minha rua de vez em quando, mas não me obrigue a tropeçar em você a cada vez que me virar para pegar algo em uma prateleira. Deixe-me pensar e viver em paz, deixe-me sentir a sua falta e desejar a sua presença.
A chave para frequentar a minha vida está aí. Anotou a receita?
mulher gritando2
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