Amo o amor e tudo o que ele me traz. Amo os cheiros, os gostos e os toques. Amo cada cor que eu vejo ainda mais nítida através da tua retina. Amo o vento que sopra em meu rosto e me faz lembrar o seu carinho macio e suave. Amo o tempo que tem sido nosso amigo e tem nos deixado cada vez mais juntos. Amo a tua presença e aproveito a tua ausência para pensar ainda mais em você, sem as interrupções dos teus beijos e das tuas cócegas que me deixam sem ar, mas sentindo a falta de cada pedacinho de você ao meu lado.
Amo amar. Amar tudo o que me faz bem, e muitas vezes amo o que não me faz tão bem assim, mas insisto em encher tudo isso de amor e fico na torcida para que tanto carinho seja contagioso e todas as flores desabrochem em pleno verão escaldante.
Acredito realmente que muito podemos semear com o nosso amor. Nem sempre floresce onde imaginamos ter plantado, mas sempre nasce um broto de amizade e carinho nos lugares mais inóspitos.
Há quem se sinta incomodado com a nossa aura de amor e a nossa vontade de espalhá-lo por aí. Acham que é desrespeitoso amar tanto assim na frente de quem está sozinho. Aqueles cuja casca é tão grossa que o mais suave dos sentimentos não consegue encontrar uma brecha e penetrar nessa frieza. Esses são os que mais precisam, mas também são os que mais repelem todas as formas de amor. Pisam, gritam, criticam e tentam fazer de tudo para que todos saiam da bolha cor de rosa e embarquem no seu mundo cinza e úmido.
Mas nós não, nós temos passado por todas essas nuvens negras e segurado cada vez mais firme a mão um do outro. E é assim que tem que ser, semeamos o que nos faz bem e ficamos cada vez mais fortes para buscar os terrenos mais férteis.