Duas crianças imaturas e mimadas que brincam no parque, não se respeitam e só pensam em si. Querem ficar ali para sempre, sem outros amigos, sem interrupções, sem desilusões. Me explique, como isso pode funcionar? Como essa bolha poderá trazer a eles felicidade e plenitude?
A força que os unia era fruto de um egoísmo extremo, de uma solidão imensa. Todos queriam ser como eles, ter o que eles tinham, amar como eles amavam, viver como eles viviam. Mas não era bem assim. Lá no fundo, naquela realidade dura e crua do dia a dia, predominava a solidão, o egoísmo e a incerteza. Tudo isso os deixava cegos, cheios de dúvidas e vazios de certezas.
Ser feliz parece tão fácil visto de fora, tão puro, tão pleno, mas nem tudo o que reluz é ouro. A grama do vizinho definitivamente não é mais verde que a de vocês. E se você invejá-los. E se para você não funcionou a fórmula mágica. Lembre-se: ninguém é insubstituível, mas também nada pode apagar o que já aconteceu. Pegue essa bagagem e carregue-a com você. Olhe para ela de vez em quando e aprenda com tudo isso.
Veja tudo o que você cresceu e orgulhe-se do que você se tornou, mas não pare. Continue lutando para ser alguém cada vez melhor.
Aprenda, aprenda, aprenda.
Você sempre vai ter o que aprender todos os dias. Vai valer a pena, cada tropeço, cada queda, cada obstáculo superado. Você vai deixar de ser essa criança mimada, insegura e exigente que sabe apenas fazer birra e estardalhaço.
Seja leve, saia da bolha e siga sempre em frente.
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