E de repente, não mais que de repente, mentira, às vezes é de sopetão mesmo, simplesmente deixa de fazer parte, deixa de ter importância, deixa de fazer a diferença. O que era bom deixa de valer a pena. Você tira a venda e começa a se questionar até que ponto vale a pena matar um pouco da sua essência todos os dias, ou até muito dela, para fazer parte de algo onde você é dispensável e substituível. Apenas mais uma pecinha nesse jogo chamado vida alheia.
Você não tem mais a quem recorrer, confiança não existe mais e tudo em que você acreditava e foi, morreu. Ficou apenas um vazio, um vácuo, um lugar escuro e sem som, incompleto. Nessas horas, você percebe que lutar para fazer parte do outro não faz sentido, não tem razão de ser.
Você começa a perceber que o sentido está em você fazer parte de si mesmo. Apropriar-se de quem você é, sair da plateia e deixar de ser um coadjuvante na sua própria vida. O protagonismo vem com o seu acordar, quando você percebe que quem define o seu potencial e o seu valor é você mesmo, quando você dá a cara a tapa e vira a página. Porque quem estabelece os seus limites é você mesmo e daí, o infinito é o limite.
Quando uma fonte seca, não adianta ficar olhando para ela, esperando as nuvens de chuva mesmo sem nada no horizonte para que milagrosamente tudo volte a ser como antes. Você deve ir em busca de outra fonte ou então, criar a sua própria, do seu jeito e com as suas regras. Quem é movido pela paixão, não floresce em meio à apatia. É no calor da vida e das emoções que as coisas tomam a forma que você deseja. É com amor que tudo se firma e se torna duradouro. Coloque amor em tudo o que você faz e cultive o seu melhor que, com certeza, as borboletas vão encher o seu jardim, os caminhos vão se abrir e tudo vai passar a valer a pena novamente.
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