Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo.
Quando Melanie, um dos humanos “selvagens” que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a “alma” invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por aquele humano, a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.
Veja bem. Sabe preconceito? Então, nunca tinha lido nenhum livro da autora Stephenie Meyer justamente por ser a autora da série Crepúsculo, que eu nunca li por não ter gostado dos filmes Crepúsculo e Lua Nova (não consegui seguir em frente e nem tive vontade de ler os livros).
Mas, graças a indicação (e muita insistência, diga-se de passagem) de um amigo, acabei dando uma chance para A Hospedeira. Para me inteirar da obra e ver o que me esperava, decidi assistir o filme (que é lááááááá de 2013) antes, pois eu sei que vou sempre gostar mais do livro.
O filme de uma forma geral não é nada digno de Oscar e fica bem abaixo de outras distopias famosas rolando por aí. Mas temos Saoirse Ronan como protagonista (aquela do filme Lady Bird, do Grande Hotel Budapeste e Adoráveis Mulheres, sabem? - Até ao Oscar ela já foi indicada, gente! Se ainda não viu outros filmes com ela, indico. Vale muito a pena), o que pode ser considerado um pouco de desperdício de tanto talento. Mas não vamos negar que tem muito ator bom por aí com distopia adolescente no currículo e não deixa de ser uma forma de o público mais jovem conhecer essa galera, né non?
O que eu achei do livro? Então, o lado bom é que a história não tem continuação, porque chega de tudo ser saga, né, gente. Mesmo o livro sendo bem longo, achei interessante o desenvolvimento e como vamos entendendo o que se passa com a personagem principal. A Peregrina é de uma bondade tocante e nos faz pensar melhor sobre a nossa condição, sobre o que realmente significa ser “humano”.
Ela estava em um conflito que eu fiquei todo o tempo pensando em como se resolveria, ficamos muito tempo com os pensamentos da personagem principal e, quanto mais ela pensa, mais coisas vão se desenrolando ao seu redor e mais questões ela vai ter que resolver. O bizarro da situação só aumenta e o conflito ético/filosófico só aumenta.
Bem interessante de se pensar e bem bonitinho de ver se desenrolar, porque eu sou a louca do romancinho fofo e queriduxo, que consegue aparecer, mesmo com os conflitos do livro.
A meu ver algumas pontinhas ficaram soltas no final, talvez para a gente pensar ou por falta de uma solução definitiva mesmo, nunca saberemos. E temos as clássicas diferenças entre filme e livro, mas que não são tão gritantes assim, o que mais me intrigou foi por que no livro a autora optou por uma diferença de idade tão grande entre o casal principal que foi bem amenizada no filme, provavelmente para aumentar a identificação do público.
Para quem curte uma distopia com aquele clássico triângulo amoroso, um famoso draminha e uma protagonista fofa, certinha e que luta pelo que é certo, você vai curtir esse livro. Vai em frente e depois conta aqui nos comentários o que você achou.
Stephenie Meyer é formada em literatura inglesa na Brigham Young University e ganhou status de celebridade com a repercussão da série Crepúsculo. Considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em edição especial da revista Time, a autora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.
A Hospedeira - Stephanie Meyer - páginas 560 - Editora Intrínseca
Clique aqui para comprar esse livro.
Receba nossas novidades: clique aqui e cadastre-se.