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Praticamente Inofensiva - Vol. 5 da série O Mochileiro das Galáxias - Resenha

21/10/2014 - Taíla Quadros
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SINOPSE: "Praticamente Inofensiva é tão polêmico quanto o seu criador. Muitos o consideram o último volume da série O Mochileiro das Galáxias e outros afirma tratar-se de um título independente, que apenas utiliza os mesmos personagens. Parte dessa controvérsia se deve aos 13 anos que separam este livro da primeira aventura de Arthur Dent, já que Adams iniciou a coleção no final dos anos 1970 e somente em 1992 retomou a história.
As inúmeras mudanças políticas, culturais e, principalmente, tecnológicas que aconteceram nesse período influenciaram os rumos da narrativa e tornaram Praticamente Inofensiva uma obra singular. Mas, em vez de perder o tom, Adams é ainda mais irônico e profundo ao divagar sobre a vida, o Universo e tudo mais.


Situações hilárias, personagens imprevisíveis, descrições poéticas e paisagens surrealistas se mesclam com perfeição, resultando numa trama cheia de suspense, comédia e filosofia. Depois de muitos anos, Arthur Dent, Tricia McMilan e Ford Prefect se reencontram. Mas o que deveria ser uma festejada reunião de velhos amigos se transforma numa terrível confusão que põe em risco a vida de todos.


Praticamente Inofensiva é o toque final de Adams nessa divertida história: ele é o último presente do autor para os mais de 15 milhões de fãs que adotaram sua obra como ícone de uma geração."


Acabou. "É só isso, não mais jeito. Acabou. Boa sorte..."


Então é isso mesmo. Terminei a "triologia de cinco" de O Mochileiro das Galáxias.


O que eu achei? Vamos lá. Gostei muito de toda a série. Um humor inteligente e irreverente que se baseia no improvável para mostrar que tudo é sim extremamente possível.


Arthur Dente está em mais um novo planeta, vivendo mais uma diferente situação. Mas, antes de chegar na história de Arthur, passamos a conhecer mais a história de Tricia, uma das integrantes das aventuras dos livros. Com essa narrativa, a ligação entre muitas das pontas soltas da história começam a se unir e a fazer um pouco mais de sentido (se é que isso é possível).


Apenas no último capítulo do livro as referências se encaixam. Achei mágico e inusitado, sem contar que é muito inteligente. Muito mesmo. Nos faz pensar todo o tempo no real sentido de tudo o que fizemos e qual é a razão da nossa existência. Porém, independente de qualquer coisa, a lição que fica é: não entre em pânico.


A trama nos leva a entender que o inevitável vai acontecer invariavelmente. Não importa o lado que seguimos ou a brecha que encontramos. Parece que assim estamos apenas prolongando o caminho para esses acontecimentos. Seria isso o destino?


Eu sei que fui só elogios para todos os livros do Guia, mas admito que realmente gostei. Gosto de histórias que nos acrescentam algo, que refinam o nosso intelecto e nos tiram da zona de conforto nos fazendo pensar.


Caso você tenha lido e não tenha gostado ou entendido, recomento que guarde o seu exemplar para ler daqui a um tempo. Isso aconteceu comigo em relação a outros livros e é uma boa dia. Às vezes estamos em uma outra vibe (ou outra dimensão, quem sabe?).


EM TEMPO: se eu entendesse de física ou astronomia, provavelmente as referências nos livros seriam ainda mais claras, mesmo assim, vale a pena o exercício.


VEJA MAIS:
- O Guia do Mochileiro das Galáxias
- O Restaurante no Fim do Universo
- A vida, o universo e tudo mais
- Até mais, e obrigado pelos peixes

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