Sabe aqueles livros que vêm na hora certa? Então, hoje é sobre timing que vamos falar. Você já deve ter percebido que, aqui no Prateleira, não sigo a linhas de lançamentos para fazer os posts. A urgência de ler correndo apenas por ler não existe por aqui. O objetivo da leitura é aprender, ter prazer, se divertir. Então, hoje teremos a resenha de um livro que já foi um dos mais comentados no seu lançamento, que virou filme e fez a cabeça de muita gente.
Eu assisti ao filme Comer, Rezar, Amar no cinema eu acho e achei bem gostosinho. E por isso comprei o livro há um tempo, para reviver tudo isso. Mas qual não foi a minha surpresa com a famosa situação: o livro é melhor que o filme. Nesse caso, o livro é muito melhor que o filme, muito mesmo, e caiu como uma luva para tudo o que ando vivendo e pensando sobre. A história de Elisabeth vai muito além, as reflexões que ela faz no livro são muito mais profundas do que o que é mostrado no filme, que dá só umas pinceladas nas grandes ideias.
Ela faz uma autoanálise real, conta seus medos, suas angústias e seus anseios íntimos. É muito fácil se identificar com ela. Entender como ela se sente, não querendo nada do que as mulheres da sua idade deveriam querer, segundo a imposição da sociedade. A oportunidade que ela teve de viajar por um ano foi maravilhosa. As descobertas que ela fez enchem o coração da gente de conforto e esperança. A necessidade de se salvar sozinha sem esperar um príncipe encantado ou alguém que vai cuidar de nós é dolorida e muito real e no final, recompensadora.
Ela analisa os seus relacionamentos e conclui algo que defendo veementemente, quem emenda um relacionamento com outro, cura uma dor com um novo amor, realmente tem medo de se conhecer, tem medo de lidar com a sua própria companhia e por isso a importância de a gente se amar, se respeitar e se conhecer para receber alguém de braços e mente aberta sem cobranças malucas ou expectativas irreais.
Com as situações relatadas, a gente vê que ela é humana também com as mesmas dificuldades que nós temos e vê que é possível se encontrar e tomar as rédeas da própria vida. Pode não ser fácil, mas pode ser maravilhoso. A gente vê como ter uma vida equilibrada não é fácil, mas esse resgate pessoal é extremamente valioso para a nossa plenitude.
Recomendo a leitura mesmo que você tenha visto o filme, porque com certeza você vai refletir sobre muitas questões da sua vida.
Comer, Rezar, Amar - Elizabeht Gilbert - 342 páginas - Editora Objetiva
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